Supervisão clínica no autismo: além dos testes e protocolos prontos

Os testes padronizados e os protocolos baseados em evidências são ferramentas valiosas no trabalho com pessoas autistas. Eles oferecem estrutura, segurança e critérios importantes para tomada de decisão. Mas, por...

Supervisão clínica no autismo: além dos testes e protocolos prontos

Os testes padronizados e os protocolos baseados em evidências são ferramentas valiosas no trabalho com pessoas autistas. Eles oferecem estrutura, segurança e critérios importantes para tomada de decisão. Mas, por...

Os testes padronizados e os protocolos baseados em evidências são ferramentas valiosas no trabalho com pessoas autistas.
Eles oferecem estrutura, segurança e critérios importantes para tomada de decisão.
Mas, por si só, não dão conta de toda a complexidade que envolve cada caso.

Na minha prática com supervisão clínica, aprendi que tão importante quanto o uso de instrumentos validados é a capacidade de refletir sobre a adequação de cada estratégia à realidade singular do aprendiz, da família e do ambiente.

Por isso, compartilho aqui cinco perguntas que têm guiado conversas transformadoras com profissionais em supervisão:

  1. Quais são os pontos fortes dessa criança/adolescente?
    (E como construir objetivos baseados em potencial e não somente em déficit.)
  2. Como posso ajudá-lo a fazer amizades verdadeiras e duradouras?
    (E não baseadas em scripts decorados que apoiam o mascaramento.)
  3. Ele tem comportamentos interferentes?
    (Foco em habilidades de regulação emocional.
    Treine a família nas estratégias de co-regulação.)
  4. Troque o discurso:
    De “A criança não tem nenhuma habilidade” ou “ele é muito comprometido” para:
    “Vou começar com o essencial: ensiná-lo a comunicar pedidos e desejos básicos.”
  5. Não esqueça da motivação intrínseca.
    Construa um relacionamento onde você seja um reforçador para seu paciente/aluno.
    Não há aprendizagem sem estabelecer um ambiente seguro e feliz primeiro.

Supervisão clínica de qualidade vai além da análise técnica de casos: ela cultiva empatia, compaixão e um compromisso genuíno com o crescimento mútuo — do profissional e da pessoa atendida.

Picture of Claudia Zirbes

Claudia Zirbes

de 2025

Uma lente NEUROAFIRMATIVA sobre o autismo

Como sociedade, como escola, como profissionais e como familiares, precisamos ...

Adolescência no espectro: desafios, medos e possibilidades de transformação

Desde quando nossos filhos são bem pequenos, muitas vezes ainda ...

Supervisão clínica no autismo: além dos testes e protocolos prontos

Os testes padronizados e os protocolos baseados em evidências são ...